A Prefeitura de Chapadão do Céu disponibiliza tratamento de equoterapia aos alunos com necessidades especiais físicas ou psíquicas da rede municipal de ensino e às crianças assistidas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município. O tratamento é possível graças ao convênio com o Centro de Equoterapia Hilda Reuter, localizado na Fazenda Campo Bom.

As crianças encontram na equoterapia uma maneira prazerosa de desenvolver sua força muscular, aperfeiçoar sua coordenação motora e equilíbrio, além de aumentar a autoestima e autoconfiança. O projeto Equoterapia, da Secretaria de Educação de Chapadão do Céu, atende nesse primeiro momento 20 crianças do município.

De acordo com a psicóloga, Natália Fernandes Lima, as escolas selecionam os alunos que apresentam dificuldades de concentração, na leitura, na escrita ou na fonética. E, crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDH), autismo, dislexia, Síndrome de Down, dentre outros. Após essa seleção, as crianças passam por uma avaliação médica e análises com psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e pedagogo.

Para realizar as aulas, os alunos são divididos em três turmas, uma na segunda-feira pela manhã, e outras duas na quarta-feira no matutino e vespertino. Cada turma recebe acompanhamento de pedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicóloga e um equitador. Com apoio da Prefeitura de Chapadão do Céu, todos os profissionais realizaram treinamento de capacitação na Associação Nacional de Equoterapia (ANDE – Brasil).

Cada aula de equoterapia dura em média três horas, e são divididas entre atividades pedagógicas e práticas no picadeiro, que envolve técnicas da equoterapia. Natália explica que o convênio existe há um mês, e na última quarta-feira foi a primeira vez que os alunos montaram no cavalo.

Entre os benefícios psicológicos, Natália Fernandes afirma que a equoterapia ajuda no equilíbrio emocional, no humor e disciplina das crianças. “Equoterapia é uma terapia a longo prazo, cada aluno fará o tratamento por cerca de dois anos. Mas, já temos surpresas nesse primeiro mês. Duas professoras relataram que as crianças ficaram mais tranquilas e concentradas em sala de aula. Uma mãe também observou mudanças de comportamento em uma criança que tem autismo”, concluí a psicóloga.

O fisioterapeuta, Rafael Morais, explica ainda que a equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro e por isso, apresenta benefícios para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, postura, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.

“São muitos benefícios que vão desde o desenvolvimento da coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão. Além de estimular a sensibilidade tátil, visual, auditiva, olfativa, melhorando a integração sensorial – motora”, conclui Rafael.